quarta-feira, 20 de junho de 2012

Aditivos Alimentares: segurança ou perigo?







Minúsculas quantidades de produtos químicos são acrescentadas às coisas que comemos por questões de segurança ou para melhorar a aparência ou prolongar a validade dos alimentos de conserva.  Mas, atualmente, esses produtos químicos são motivo de preocupação.  No mundo ocidental, 75% a 80% dos alimentos consumidos pelas pessoas foram sujeitos a processamentos.  Hoje, ingerem-se dez vezes mais aditivos alimentares do que há 30 anos,  Os consumidores devem saber o que são esses produtos, o que fazem, se são inócuos ou se devem ser evitados.
A definição internacionalmente aceita para "aditivo alimentar" é a seguinte: "Toda substância, tenha ou não valor nutritivo, que por si mesma não é normalmente gênero alimentício nem ingrediente característico de um gênero alimentício, mas cuja adição intencional, com finalidade tecnológica ou organoléptica, em qualquer fase de obtenção, tratamento, acondicionamento, transporte ou armazenagem de um gênero alimentício, tem como consequência quer a sua incorporação nesse gênero - ou a presença de um derivado seu -, quer a modificação de características desse gênero alimentício.
Os aditivos alimentares não são compostos químicos que possam ser escolhidos arbitrariamente para uso indiscriminado e descontrolado nos gêneros alimentícios.  Existem critérios, condições e também razões ou justificativas para seu uso.  As indústrias utilizadoras e as entidades estatais diretamente responsáveis por essa matéria devem nortear sua ação por critérios rigorosos, consolidados nas respectivas legislações em vigor.
O emprego de aditivos alimentares só se justifica desde que não constitua qualquer perigo para a saúde do consumidor e quando não se podem atingir, por meios práticos e economicamente viáveis, um ou vários dos objetivos a seguir:
> conservar as qualidades nutritivas dos alimentos;
> fornecer ingredientes ou constituintes necessários aos produtos alimentares destinados a fins especiais (alimentos dietéticos);
> aumentar a conservação ou a estabilidade dos alimentos do ponto de vista higiênico;
> auxiliar ou melhorar o fabrico, a transformação, a preparação, a embalagem, o transporte ou a armazenagem dos alimentos, desde que a utilização dos aditivos não se destine a disfarçar a incorporação de matérias primas defeituosas ou práticas indesejáveis, sobretudo aquelas que possam contrariar a higiene.

Categorias de aditivos alimentares
Os aditivos alimentares são muitas vezes classificados em três grandes grupos:
> aditivos com ação conservante, destinados a manter "frescura" dos gêneros alimentícios;
> aditivos sensoriais, que modificam ou realçam as características organolépticas;
> aditivos que facilitam certas operações industriais de processamento e fabrico.

Um bem ou um mal?
Apenas algumas pessoas têm reações desagradáveis aos aditivos alimentares.  Para essas poucas, descobrir e aprender a evitar os ingredientes a que são alérgicas pode significar um grande alívio para os alarmantes ataques de asma ou o aflitivo prurido (coceira) de uma erupção cutânea.  Esses são os piores efeitos dos aditivos, pelo menos a curto prazo.  Outros efeitos nocivos podem ser febre, visão enevoada, rinite alérgica, perturbações do estômago, náuseas, tonturas, dores de cabeça e palpitações.  As pessoas que sofrem desses males têm deficiências no metabolismo.  Portanto, pelo sim ou pelo não, quanto mais pudermos evitar alimentos super processados, melhor resultado terá a nossa boa alimentação.
Segue uma tabela em que determinados aditivos prejudicam a saúde devido ao uso indiscriminado de alimentos processados:



ADITIVO
Problema causado
FosfolipídeosColesterol e arteriosclerose
AromatizantesAlergias, crescimento retardado e câncer
SacarinaCâncer
Nitritos e nitratosCâncer no estômago e esôfago 
Acido benzóico, polissorbados e umectantesAlergias e disturbios gastrointestinais
Ácido fosfóricoCálculo na bexiga
Dioxido de enxofreRedução do nível de vitamina B 1 e mutações genéticas
CorantesAnemia, alergias e toxicidade sobre fetos, podendo nascer crianças com malformações
Ácido acético Cirrose hepática, descalcificação de ossos
BHT e BHATóxicos aos rins e fígado, e interfere na reprodução
EDTAAnemia e descalcificação
CarameloConvulsões quando preparado em desacordo

Se você se preocupa com os aditivos por causa das divergências sobre os perigos ou possíveis efeitos cumulativos a longo prazo, adapte seus hábitos alimentares de forma a evitá-los.  Coma mais alimentos frescos e evite os alimentos processados, para reduzir a absorção de aditivos.  Lembre-se de que os alimentos sem conservantes são mais susceptíveis de contaminação bacteriana.  São necessários cuidados adicionais para guardar e cozinhar esses alimentos, para se evitar a intoxicação alimentar.
As listas de ingredientes dos rótulos dos alimentos processados constituem um importante meio de evitarmos os aditivos.  Anote os números de código e os nomes das substâncias que pretende evitar e leve as anotações quando for às compras.  Será preciso algum tempo para organizar a sua própria lista de produtos aceitáveis.  Mas, o importante é conhecer bem a respeito de si e dos produtos que consome normalmente, no que diz respeito aos aditivos.
Esse tema é bem vasto e quanto mais informações obtivermos, através da ANVISA ou outros órgãos internacionais reguladores, como o Codex Alimentarius da FAO e da OMS sobre legislação e uso dos aditivos no processamento de alimentos, muito ganharemos em saúde e longevidade.


Fonte: Dicionário de Medicina Natural - Readers Digest


Nenhum comentário:

Postar um comentário